As eleições legislativas de 2025 em Portugal, realizadas no domingo (18), marcaram uma virada histórica na política do país. A coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD), liderada por Luís Montenegro, venceu com 32,1% dos votos, elegendo 89 deputados para a Assembleia da República, conforme dados oficiais da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna .
Apesar da vitória, a AD não alcançou a maioria absoluta de 116 cadeiras, o que indica a necessidade de negociações para formar um governo estável. Montenegro já sinalizou que não pretende formar coalizão com o partido Chega, de extrema-direita, liderado por André Ventura, que obteve 22,56% dos votos e também conquistou 58 assentos, igualando o número de deputados do **Partido Socialista (PS)** .
O PS, liderado por Pedro Nuno Santos, sofreu uma derrota significativa, obtendo 23,38% dos votos, uma queda em relação às eleições anteriores. Após os resultados, Santos anunciou sua demissão da liderança do partido, reconhecendo a necessidade de renovação interna.
A composição da nova Assembleia da República reflete um cenário político fragmentado:
- Aliança Democrática (AD): 89 deputados
- Partido Socialista (PS): 58 deputados
- Chega (CH): 58 deputados
- Iniciativa Liberal (IL): 9 deputados
- Livre (L): 6 deputados
- Coligação Democrática Unitária (CDU – PCP-PEV): 3 deputados
- Bloco de Esquerda (BE): 1 deputado
- Pessoas-Animais-Natureza (PAN): 1 deputado
- Juntos pelo Povo (JPP): 1 deputado
Com a ascensão de partidos à direita e a queda da esquerda, Portugal enfrenta desafios para formar um governo coeso. A AD terá que negociar com outras forças políticas para garantir estabilidade, enquanto o crescimento do Chega sinaliza uma mudança no panorama político nacional.
O novo mapa político de Portugal revela um país em busca de equilíbrio entre tradição e mudança. A vitória da Aliança Democrática indica um desejo de renovação dentro dos marcos da moderação, enquanto o avanço da direita radical expõe inquietações sociais e econômicas que merecem atenção.
Por outro lado, a queda da esquerda sugere a necessidade de reavaliação de estratégias e escuta ativa da população. Mais do que uma simples troca de cadeiras no parlamento, os resultados evidenciam um momento decisivo para o fortalecimento da democracia portuguesa, onde o diálogo e a construção de consensos serão essenciais para os próximos passos do país.
Fontes consultadas:
Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna – Administração Eleitoral: Resultados Oficiais
Agência Lusa: Resultados Globais
RTP Notícias: Legislativas 2025
Cadena SER: Dimissão de Pedro Nuno Santos