“A influência do Sul Global e os movimentos silenciosos no tabuleiro político do Vaticano.”
Por Bruna Oliveira – Londres, 13 de maio de 2025
A recente escolha do novo Papa pelo conclave no Vaticano surpreendeu o mundo, marcando uma mudança significativa na liderança da Igreja Católica.
A eleição de um pontífice oriundo do Sul Global reflete uma tendência crescente de valorização das regiões anteriormente marginalizadas no cenário eclesiástico. Historicamente, a Igreja Católica tem buscado adaptar-se às transformações geopolíticas. A eleição de papas provenientes do Sul Global, como o Papa Francisco, representou uma abertura para questões sociais e políticas emergentes nessas regiões.
A escolha atual reforça essa direção, indicando uma continuidade na atenção às demandas dos países em desenvolvimento.
Especialistas apontam que a eleição do novo Papa pode influenciar as relações diplomáticas da Santa Sé, especialmente com países como China e Rússia, que buscam rebalancear a ordem global. A aproximação entre esses países e o Vaticano pode ser facilitada por um líder com maior compreensão das realidades do Sul Global.
No contexto brasileiro, a escolha do novo Papa também traz reflexões sobre a influência da Igreja Católica na política nacional. Apesar de o Brasil ter quase tido um papa em 1978, quando o então arcebispo de Fortaleza foi cogitado, questões de saúde impediram sua eleição.
Atualmente, a Igreja no Brasil enfrenta desafios para manter sua relevância diante do crescimento de outras denominações religiosas.
A eleição do novo Papa, portanto, não apenas redefine a liderança da Igreja Católica, mas também sinaliza uma reconfiguração das relações geopolíticas e eclesiásticas, com possíveis impactos nas políticas internas de diversos países, incluindo o Brasil.
Fontes:
- CNN Brasil: China e Rússia buscam rebalancear ordem global com reuniões
- Brasil 247: A geopolítica e a continuidade dos papas do Sul Global
- Jornal Opção: Papa brasileiro chegou a ser eleito, mas recusou por motivos de saúde